A moda calçadista perdeu um dos seus nomes mais ilustres do made in Italy: Sergio Rossi se foi. O famoso designer faleceu na sexta-feira (3), aos 85 anos, no hospital Cesena, vítima do coronavírus. Sua história de vida é o espelho de uma Itália do crescimento econômico, capaz de subir ao topo do mundo graças ao trabalho duro e a um grande presente de genialidade criativa.

Sergio Rossi aprendeu o ofício com o pai, um sapateiro muito pobre de San Mauro Pascoli. A abertura da fábrica aconteceu no início dos anos 50, com o raiar do nascente distrito de calçados. Como estava em voga naqueles anos, os primeiros sapatos em San Mauro foram destinados ao turismo marítimo. Então, veio o nascimento de seu próprio estilo e sua entrada no mundo da moda e no jet set internacional.

As primeiras campanhas publicitárias foram inspiradas por ninguém menos que o famoso fotógrafo Helmut Newton, enquanto estrelas de cinema, como Anita Ekberg em “Dolce Vita” e Silvana Mangano em “Violência e Paixão” de Visconti, usavam seus sapatos. Na década de 1970, Sergio Rossi alcançou o auge da popularidade, tendo colaborações com estilistas célebres como Versace e a abertura de lojas de marca própria em todo o mundo.

A virada histórica ocorreu em 1999: Rossi vendeu 70% da empresa ao grupo Gucci por 96 milhões de dólares. Seis anos depois, a venda dos 30% restantes. Nos anos seguintes, juntou-se ao filho Gianvito numa aventura empreendedora com a marca GGR.

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